Viajando com as crianças - o melhor presente

Minha querida amiga Naré me marcou num post dela no Facebook: trata-se de uma matéria muito linda da CNN (em inglês), em que a jornalista Katia Hetter conta sobre os benefícios de se viajar com as crianças. Não faltam coisas boas, que eu já sabia, mas que só reforçam o que eu sempre pensei, vi e comprovei. 

"They learn that exploring is a must. They learn to ask questions. They learn how to navigate cities... They learn that life must be lived and not watched on TV or played on a video game."
(Em uma tradução livre "Eles aprendem que explorar é o máximo. Eles aprendem a questionar. Eles aprendem como se locomover pelas cidades... Eles aprendem que a vida deve ser vivida, não assistida pela TV ou jogada como num video game."). 

Este é o verdadeiro motivo pelo qual quero dar uma Volta ao Mundo COM as Crianças. Não se trata de uma pessoa lunática (ufa, felizmente não estou só), mas sim, a visão de alguém que quer ver, viver e compartilhar com aqueles que mais ama a experiência prática de aprender história, geografia, matemática, línguas, ciências sociais, antropologia, literatura, música, esportes, política, artes, arqueologia, pesquisas e tudo o mais possível por através das viagens. Uma experiência que irá enriquecer a todos, como indivíduos e como família, e certamente nunca mais sairá de nossas mentes e corações. 

Já estivemos juntos em diversos lugares: de Guarujá e Atibaia a Fernando de Noronha, Natal, Pipa, São Miguel do Gostoso, Porto de Galinhas, Salvador, Rio de Janeiro, Croácia e Alemanha. E eles não se esquecem. Sempre comentam, perguntam e querem voltar. Ver as fotos é um exercício frequente e uma maneira de resgatar coisas que nos trazem boas recordações juntos. 

Agora não preciso mais me sentir 'a última bolacha do pacote' quando as pessoas perguntarem sobre as minhas férias e elas incluírem aventura e crianças na mesma frase. Já sei que mais mães compartilham da minha visão. 

Aqui está o link para a matéria: http://edition.cnn.com/2012/12/20/travel/kids-travel-present/index.html?hpt=hp_bn10 (escrita em inglês, como mencionei acima)

Um roteiro que criei para uma viagem à Croácia


Já mencionei que adoro viajar e criar roteiros customizados. Em 2011, antes de viajar, fiz alguns estudos e criei um roteiro fictício de 9 dias pela região de Split, na Dalmácia, região litorânea e repleta de ilhas paradisíacas da Croácia. A viagem era em pleno verão e tem umas dicas legais para quem está planejando viajar para lá. 

Primeiramente, algumas amigas me mandaram algumas dicas preciosas.  

1. Dicas da Cris
Praias: Split e Rabac! Mas recomenada também: “um castelo na Eslovenia que fica numa gruta. Foi também em outra gruta gigantesca maravilhosa à 1 hora num trenzinho. Chamam-se Grutas de Postumia e o Castelo de Predjama, muito perto da Croacia. Em Volosko tb é praia na Croácia, linda mas super pequena”.

2. Dicas da Rejane
Sugere muito a ilha Hvar, nas praias de Stari Grad e Dubovica (uma baía maravilhosa). Outras sugestões são: Vrboska (ficar embaixo das arvores no canal e tomar banho de mar) e Kórcula, uma cidade histórica. Mais ao norte, Parque National de Krka tem cachoeiras incríveis. No sul, Dubrovinik é a cidade mais turística, incrível. “Viajamos de carro no litoral inteiro. Entre Split e Dubrovink tem uma serie de cidades/vilas com praias pra nadar”.


MAPA DE REFERÊNCIA DA REGIÃO DA DALMÁCIA NA CROÁCIA:


Montei uma sugestão de roteiro para aproveitarmos as melhores praias da Croácia, numa região chamada Costa da Dalmácia. Sempre partindo do pressuposto que estaremos hospedados em Split, no Radisson Blu. Sugiro ficar nesta cidade por ela ser central e ter acesso fácil para os Ferry Boats que saem para as ilhas desta Baía. 

ROTEIRO:
Dia 1– Chegada em Split, Croácia. Para facilitar, reservar hotel em Split para todos estes dias (já que é alta temporada). Lá em Split alugar um carro para fazer os passeios às praias próximas (nada lá é mais distante do que 100 ou 15m km), e no próprio aeroporte existem simpáticos atendentes nos balcões de aluguel de carros. Neste dia, como é a chegada da viagem, sugiro ficar em Split mesmo. A noite, a sugestão é visitar o Castelo Dioclesiano no centro e jantar por lá (existem inúmeros restaurantes lá perto e dá para fazer tudo a pé).
Dia 2  – Ficar em Split mesmo, na praia de Bacvice. Se sobrar tempo, dar mais uma volta pela cidade (Convento Franciscano).
Dia 3  – Pegar o Ferry Boat bem cedo (fica perto do Castelo Dioclesiano) e passar o dia em Stari Grad, na ilha de Hvar. A viagem é demorada, portanto sugiro pegar a balsa bem cedo. Final de tarde em Bonj Le Bains ou Hula Hula.
Dia 4  – Pegar novamente o Ferry Boat pra Hvar, mas desta visitar Dubrovica.
Dia 5  - Ferryboat para Korkula, fazer windysurf em Peljesac Channel, perto de Viganj.
Dia 6 – Novamente Ferryboat para Korkula, desta vez seguir para a praia de Slatina.
Dia 7 – Ferryboat para Vis, conhecer a Green Cave e outras belezas locais. Lá é possível mergulhar. 
Dia 8 – Dia livre para descobrir um passeio legal ou voltar para mais um dia de praia em Vis (que parece ter muitas belezas).
Dia 9 – Ficar em Split mesmo e mais tarde pegar o vôo.

 Abaixo descritivos de todos os pontos que mencionei no roteiro: 

SPLIT
O Palácio de Diocleciano, antiga casa de verão do imperador, é a marca da dominação romana na região. O Palácio de Diocleciano, com uma interessante fortaleza a visitar; a Catedral de Domnio, localizada dentro da própria fortaleza, que é o original mausoléu do imperador Diocleciano. Dentro estão lojinhas, cafés e bares. De dia, feirinhas com barracas que vendem as especiarias croatas, como a lavanda e o azeite ou, ainda, barracas com colares, pulseiras e tudo o que possa imaginar com pedrarias diferentes. Tudo muito barato (uma pulseira com uma turquesa custou 70 kunas, equivalente a 10 euros). A noite, o gostoso é passear pelos bares, que ficam super cheios e, por não cobrarem a entrada, dá para passar em vários deles e verificar qual te agrada mais.

A galeria do escultor Ivan Mestrovic fica a uma caminhada curta dali, assim como a popular Praia de Bacvice.

Bacvice é considerada a mais bonita, mais badalada e mais jovem praia de Split, mas “não tem nada a ver com praia... não tem areia, parece mais uma piscina com coloração fantástica. Tudo de concreto, com as cadeiras de praia. Para entrar no mar você segue por uma escadinha, tudo isso somado a um mar de cor MARAVILHOSA, água transparente e absurdamente limpa.” Tem muitos barzinhos lá perto.

Também no Templo de Júpiter, encontrará um camanario romântico que foi remodelado na época gótica com caracteres destes momentos. O claustro gótico do Convento Franciscano, no centro de Split é também um daqueles lugares que deve visitar

Split é base para conhecer as ilhas de Hvar, Vis e Brac. Em Brac, a uma hora de barco de Split, ficam Bol e a espetacular Praia de Zlatni Rata, ou "Golden Horn": é uma ponta de areia banhada, dos dois lados, pelo mar.


HVAR
Stari Grad, primeiro destino na ilha da Hvar. Dubrovica é a segunda parada nesta mesma ilha.

“On the sunny island of Hvar are placed some of the most beautiful beaches and bay of Croatia. 8 km eastern from Hvar is located a protected bay Dubovica with a big pebbly beach which streches along the coast. To the bay Dubovica you can get by a boat from the Hvar's harbour as well as by a car. The beach is pebbly and the sea is cristal blue and very clean. On the coast is placed a summer residence of one patrician family from the 17th century, and you can find a plenty of shade under a thich crown of pine trees.
A beautiful offshore offers an unbelievable moments to all diving lovers. The beach in a bay Dubovica is an ideal swimming spot for all those who don't like crowds. Here you are able to let yourself to enjoy in a beautiful blue sea and all summer joys.”


Bonj Le Bains
Achei esta dica num blog: 
“Se tem um lugar que acho paradisíaco, são bangalôs em cima da água. Assim é o Bonj Les Bains em Hvar... o lugar tem vários bangalôs ou day beds em plataformas em cima do mar. No entanto, é caro (a diária para se alugar um desses para passar o dia todo custa 350 Euros e acompanha 1 garrafa de champanhe, maaaas, para quem está em turma para dividir, não há nada tão bonito em Hvar.” E para quem não pensa em gastar tanto assim para passar o dia, ela recomenda jantar por lá: “A comida é tão surpreendente quanto a paisagem. Foi o melhor restaurante que comemos em Hvar, pedi um filé com molho trufado FENOMENAL. Os pratos são bem servidos e o preço varia em torno de uns 30 Euros por pessoa, com garrafa de vinho - e a vista imperdível.”

 Uma sugestão de semi-balada que pode ser feita com as crianças (chegar cedo e ficar até pouco depois do pôr do sol).

“Em Hvar o agito começa às 5 da tarde, quando todos os jovens se dirigem ao beach club Hula Hula para ver o pôr-do-sol. O lugar vira uma super balada a céu aberto, com direito a muuuuuita música boa e gente bonita! Eu recomendo reservar uma mesa antes, assim, não se sentirá deslocado e terá um espaço para curtir bastante. A reserva de mesas normais não tem custo, mas se quiser reservar uma day bed para passar o dia todo, vale a pena chegar mais cedo, por volta de meio dia, curtir o sol e o mar dalí mesmo e almoçar (bem gostoso, tem várias opções: massa com camarões, até nachos mexicanos, a preços bem razoáveis). Para alugar uma day bed para o dia todo paga-se uma média de 5 euros. Para comer, em torno de 25 a 30 euros e, para beber, indico uns drinks para dividir (são copos bem grandes, para umas 4 pessoas com 4 canudos longos, ex.: mojito e pina colada, em média 28 euros cada um). Depois das 22 horas, quando o Hula Hula começa a esvaziar, afinal de contas, também começa a escurecer, as pessoas se dirigem aos seus hotéis para se arrumar e por volta de uma hora da manhã”


KORKULA
Deu prá ver que tem Windysurf. Pelo que entendi, o local é o Peljesac Channel.
Korkula é uma das ilhas com mais vegetação da Dalmácia, na Costa do Mar Adriático croata. É uma ilha com muito encanto, com águas cristalinas – de rochas - ideais para o mergulho. É um dos destinos escolhidos pelas pessoas que desejam tranquilidade durante as férias. o/

"Korcula has a lot of small and secluded beaches all over the island, but the ‘best’ or, let’s say most popular ones, are sandy beach Vela Przina in Lumbarda and pebble beach Pupnatska Luka.

"VIGANJ, a village and small harbour to the west of the southern coast of the Peljesac Peninsula, 7 km west of Orebic, accross the water from Korcula Old Town. Today Viganj is becoming an interesting tourist resort with a crystal-clear sea and sunny beaches.  This area is very well known as one of the most popular windsurfing centre in Europe.

"UVALA SLATINA - "The bay of Slatina is located in the western part of the island of Korcula, close to Blato. It can be reached by car along the island road to Vela Luka and from Blato on following the local road to Slatina (25 miles from Korcula). A perfect place to enjoy the crystal clear blue water, away from crowd."


Fontes: 

Nesta reportagem, comentam que não há muitas praias surfáveis por lá: http://revistatrip.uol.com.br/revista/188/reportagens/surfando-no-gelo.html

VIS
Vi que o Luciano Huck e a Angélica viajaram por estas bandas – há, há, há!!! Mas pelas fotos, é mesmo um paraíso! A segunda foto é de uma tal de Green Cave (Green cave, Ravnik, Island Vis, Croatia)... Sensacional!

"Island Vis, the beauty of limpid waters and protected submarine world rich with sunken ships and magic marine images that has been hidden for years. Sail out with us to nameless bays, to Biševo, to the Blue Cave, the gam of the Adriatic, famous for its unique iridescent reflection of shades of blue and silver that delight the visitors."


MLJET
Li sobr este lugar, mas acho que vai ficar muito distante de Split, melhor deixarmos para uma outra oportunidade. Fica perto de Dubrovnik, mesmo assim, é de difícil acesso. Tem um Parque nacional muito bonito.



Por fim, indicações sobre os Ferry Boats:
Quanto ao ferry, tem alguns sites que falam sobre os horários e locais de saída:

Não dá para reservar antes, e tem que pagar em dinheiro. 

Pra quem é Chocólatra

Aqui está uma matéria bem pensada, feita pelo pessoal do site Viajeaqui (viajeaqui.com.br). Uma seleção com museus dedicados ao Chocolate. Adorado por muitos, tenho certeza de estas visitas serão prá lá de tentadoras.


Eu já estive uma vez quando criança na fábrica de chocolates da Garoto, em Vitória. Mas não me lembro de ter visitado nada, era só uma loja. Fiquei tão decepcionada.

Em compensação em 2006, quando morei por cerca de 1 mês em Colônia, na Alemanha, tive a oportunidade de dedicar uma parte do meu tempo livro para visitar ao museu do Chocolate de lá (Imhoff Schokoladen Museum site: http://www.chocolatemuseum-cologne.com/). Achei bem interessante, sobretudo a parte em que a gente acompanha o processo de produção industrial (até porque como sou chocólatra, já me meti a fazer bombons e ovos de Páscoa durante muitos anos da minha vida de estudante). Claro que no final havia uma belíssima e completa loja, repleta de chocolates Lindt (mais fresquinhos do que o normal). Uma delícia!

Já anotei todos os demais desta lista para uma visita em algum momento da vida, durante as minhas viagens.  

São Miguel do Gostoso - a jornada

Já tinha ouvido falar algumas vezes sobre um lugar no extremo norte do RN, onde o vento faz a curva e o Brasil olha para o norte, ao invés do leste. Mas nunca tinha tido a oportunidade de explorar esta parte do litoral da terra do sol. Desta vez, decidimos não adiar mais.

A BR-101 é a estrada que nos traz para este paraíso, sempre seguindo as placas em direção ao litoral norte ou para Touros. Viemos de dia para evitar surpresas, mas a estrada está ótima, em excelentes condições. Além da paisagem belíssima, chegar ao km zero da BR-101 foi muito legal. Sobretudo porque ela começa em Touros, onde está o farol de Touros. Legal para fazer umas fotos.

Na BR, km 2 há um trevo para pegar a RN-221 em direção a São Miguel do Gostoso, cerca de 15 km para frente. Este trecho é ruim, esburacado, e há animais na pista, portanto muita atenção e viaje de dia (e com o tanque cheio, pois há somente um posto por lá).

A cidade é simples, um vilarejo, com um povo muito simpático e gentil, ótimas pousadas e bons restaurantes. Tem mercadinhos ótimos para abastecer quem está com crianças.

Ao todo são 110 km desde Natal, a capital, até Gostoso, que tem uma Orla com 4 praias (estimo una 3 ou 4 km de ponta a ponta).

As praias têm ondas e correnteza fortes, e extensas faixas de areia clara e fofa. As crianças curtem mais quando a maré está baixa, porque as coisas acalmam um pouco e elas conseguem aproveitar mais, sem medo.

Achei as praias de Tourinhos (8 km dali por uma estrada de terra vermelha e em boas condições), e a de Cardeiros as melhores para as crianças. Mas na maré baixa.

As praias são perfeitas para Windysurf e Kitesurf. Quem quiser mergulhar, melhor ir para os Parrachos, no meio do caminho de Natal até aqui. Também não vi surfistas por aqui.

Nos próximos posts conto mais sobre as praias e a culinária local.

A praia do Centro, Pipa

Nos posts desta primeira parte da viagem à Pipa, RN, faltou falar de algumas praias, entre ela a praia do Centro. A verdade é que além de preferir praias mais naturais e vazias, procuramos lugares que - em teoria - sejam bons para as crianças.

Deixamos de fora das nossas visitas deste ano a Praia do Amor, que tem uma trilha de acesso perto da nossa pousada, mas que é point da moçada e do surf. Já a Baía dos Golfinhos é acessível por uma trilha pelas pedras quando a maré está baixa. Momento em que - com sorte - avistam-se golfinhos por lá. Mas as ondas também são fortes, e os horários de maré baixa coincidiram com os "horários de criança cansada" o que nos fez desistir de tentar ir até lá. (Creio que a trilha não seria um problema para nós.) Mesmo assim, valeria também a visita.

Arriscamos somente a Praia do Centro, com a qual brinquei chamando de 'Guarujá da Pipa', já que sou de São Paulo. A praia, do centro, é realmente lotada, repleta de bares com suas músicas e mesas tomando a areia. Não é a mais bonita, mas também foi divertida.

Ficamos mais para a direita, fugindo do caos, perto de umas casas (que, aliás, invadiram as areias da praia tomando-as para si, uma vergonha). Com a maré "ainda enchendo" o mar estava calmo e as crianças puderam brincar livres e soltas. Além de terem feito amizade rapidamente com várias crianças que estavam por ali.

Uma coisa nos intrigou neste instante: para onde (e como) será que vai o esgoto de todas estas casas? Mas olhando em volta não vimos canais de água corrente, portanto logo esquecemos e nos entregamos ao dia ensolarado.

Confesso: foi um doa melhores dias para as crianças. Não queriam ir embora da praia, e brincaram muito, além de terem tomado sorvete. E não é que o visual da praia, dos coqueiros, da maré enchendo, os barcos e falésias ao fundo sob céu azul fez um lindo espetáculo?


Gabi Nunes
Enviado via iPhone

Sibaúma, RN - de novo mas diferente

Hoje foi dia de voltarmos a Sibaúma, RN. Não só porque gostamos demais, mas também porque o marido perdeu os óculos, e foi a desculpa que precisávamos para voltar lá.

Desta vez ficamos no rio, que desemboca no mar. Ou vive-versão, conforme a maré. A vista dos arrecifes, da areia e do mar batendo foi tentadora demais. As crianças ficaram com medo no começo. Acho que é porque se esqueceram como é, mas no primeiro convite para explorar a vida marinha ambos se empolgaram.

Neste canto, muita vida, muitas conchas e muito para ver: siris, caranguejos (que cores!), peixinhos perdidos... Muito atrativo. Brincamos muito e descobrimos muita coisa interessante.

No mergulho, novo receio das crianças por causa da água escura que vem do mangue. Mas rapidinho caíram na água e perderam o medo. Vale testar a profundidade antes, pois a correnteza forma bancos de areia, mas também alguns buracos.

A temperatura estava ótima, mesmo com o tempo nublado. E máscaras de mergulho nos fizeram explorar o rio e as milhares de convinhas que existem por lá. Não nos deparamos com vida, mas é claro que estão por todo lado.

Foi como se estivéssemos em um lugar completamente diferente. Muito bom.

No meio da tarde fo os embora almoçar no centrinho de Pipa. Escolhemos os PFs do Bistrô da Pipa: arroz, feijão marrom, purê e peixe grelhado. Uma delícia. Pedimos porção para 2 pessoas e comemos em 4 (2 adultos e 2 crianças). Recomendo.

Em seguida fomos provar os sorvetes artesanais da Preciosa. Realmente deliciosos. Provamos o de chocolate belga e o "flocos". Fantásticos! Além dos sabores tradicionais, têm também os de frutas. 3 sorvetes, R$ 13,50. Parada imperdível!

(By the way: não achamos os óculos.)

Sibaúma, RN

O dia de ontem foi mais uma valiosa dica da pousada onde nos hospedamos. Pegamos a estrada em direção a Sibaúma.

A estrada, em julho, passa por pastagens verdes e bucólicas, hora com canaviais, hora com coqueirais, vez ou outra florestas fechadas, e algum gato no meio de tudo isso. Em algum momento a estrada vira um vilarejo simples. Simples mesmo, e rural. Casinhas das mais simplórias, ruas de terra, animais na rua (galinhas, cabras, cães, gatos). Se distrair, você perde as placas da balsa. E a paisagem do mar batido distrai a gente, facinho, facinho.

Placas retomadas e pegamos uma curta estradinha de terra que adentrou um manguezal. Balsas individuais movidas a tração (ou navegação?) humana se encarregam de fazer a travessia (R$10,00 por trecho).

Logo chegamos à praia das piscinas naturais. Tem estacionamento, restaurantes e mesinhas e cadeiras. Cuidado para não atolar na areia.

A praia era linda e deserta. Encantadora. Rapidamente avistamos os arrecifes que fechavam a frente da praia e no momento que chegamos, de maré cheia, ainda venciam a barreira e se encarregavam de encher o mar. Com o tempo a maré foi baixando, a praia acalmando e transformando tudo num espetáculo ainda mais bonito - e divertido para as crianças.

Esta não é uma praia para mergulho. Tentamos, mas deu prá perceber que a força do mar é implacável. A areia fica muito batida, a água turva, a correnteza forte e os arrecifes, mortais. Nem quando a maré baixa. O jeito é curtir o espetáculo da superfície mesmo. E vale muito a pena.

Nos restaurantes só pedimos bebidas, achamos as comidas caras, e pelo preço não conseguimos saber se valia a pena. Deixamos para comer uma tapioca na volta.

Pipa, RN - Praia do Madeiro

Hoje foi nosso primeiro dia de praia em Pipa. E acho que tem que inaugurar a série de posts por se tratar de uma abertura com laço de ouro. A dica foi dada pelo Seu Antonio, da nossa pousada. E foi uma dica valiosa.

Saímos de carro do centro de Pipa em direção a Tibau do Sul, sempre de olho nas placas que indicavam a Praia do Madeiro. (Quase erramos parando o carro um pouco antes do local.) Chegamos ao Hotel Ponta do Madeiro, onde um simpático porteiro nos atendeu, abrindo o portao, mostrando o estacionamento e - ainda - nos mostrando o caminho pelo belíssimo hotel.

Ao seguirmos em frente, no alto da falésia, a paisagem deslumbrante provocou um "uau" em todos, até nas crianças. Mesmo com o tempo nublado a vista da Baía dos Golfinhos e da Praia do Madeiro, seu mar claro e cheio de ondas, em contraste com as cores alaranjadas (ou avermelhadas) das falésias seria de tirar o fôlego.

Eu disse "seria" porque na verdade os degraus incrustrados na encosta foram de tirar o fôlego, literalmente. Ainda bem que a escada é boa, e a chegada compensa. Existem ponto de parada para ajudar os sedentários.

Já na praia, de areia clara, as ondas batem forte e chegam a formar grandes bancos de areia. E a vista permanece linda. O sossego só é quebrado pelo vôo de pássaros ou por passantes que estão fazendo caminhadas (trilhas?) pela praia.

O hotel mantém uma estrutura de restaurante servindo petiscos e bebidas, além de oferecer sombra e espreguiçadeiras e um chuveiro de água doce. Não há banheiros.

A cerveja estava gelada e veio em isopores. As casquinhas de caranguejo eram frescas e muito saborosas. As iscas de peixe também. Foi uma excelente dica e um ótimo começo.

Próxima parada: Pipa - Rio Grande do Norte

Já falei por aqui sobre nossas férias na Pipa-RN, em 2003, quando nos hospedamos na Pousada Xamã. Veja no post abaixo:

O que ainda não comentei é que nas próximas férias este ano escolhemos um destino bem quentinho, para fugir do inverno e aproveitar as lindas paisagens e a hospitalidade que sempre encontramos no Nordeste brasileiro. Serão exatos 10 dias divididos entre Pipa, em Tibau do Sul, ao sul de Natal, e São Miguel do Gostoso, ao norte de Natal. Ambos no Rio Grande do Norte, famoso pela quantidade de dias de sol ao longo do ano.

Quase 10 anos após nossa primeira viagem para lá, poderemos conferir o que mudou e o que permanece irretocável. Espero que tenhamos boas surpresas e que possamos explorar o lado família de Pipa. Desta vez, as trilhas não poderão ser mais de 20 quilômetros, como chagamos a fazer no percurso de Pipa até Tibau do Sul. Foi fantástico, mas as crianças não aguentariam nem um terço desta caminhada. Então o jeito vai ser explorar cada uma das praias (lindas) que tem por lá.

Tenho certeza de que as crianças vão se encantar com a Baía dos Golfinhos, sobretudo se estes lindos mamíferos estiverem por lá fazendo seu espetáculo. Em 2003 tivemos muita sorte e pude vê-los surfando nas ondas. Espero que a sorte se repita este ano.

Outro ponto que pretendemos explorar é a Praia do Amor. Desta vez não é pelo apelo romântico do nome, mas sim pela beleza natural e – com sorte – as quentes e seguras piscinas naturais que podemos encontrar por lá – e onde as crianças poderão se esbaldar de brincar.

Para comer, a recordação que tenho é de que Pipa tinha ótimos restaurantes. Lembro de um point onde as pessoas iam tomar a ‘sopa do francês’. Um casebre simples com mesinhas na rua. Em princípio achamos bem estranho, mas por conta de um mal estar do meu marido (namorado na época), acabamos arriscando e descobrindo uma das melhores sopas que já tomei na vida. Elas eram simplesmente incríveis. Não importava o calor, batíamos o cartão por lá quase todas as noites. As mais pedidas eram o caldinho de sururu e o caldinho de camarão. Também descobri nos restaurantes locais um peixe delicioso chamado “Cavala”. Não vejo a hora de experimentar novamente e explorar as novidades gastronômicas que surgiram por lá ao longo destes anos.

A hospedagem será a mesma: a pousada da Dona Neuza e do seu Antonio (http://www.pousadaxama.com.br/novo/), já reservada.

Foi em Pipa, há quase 10 anos, que vislumbrei um sonho: trabalhar com turismo. O sonho ainda está aqui no meu coração, sendo pensado, trabalhado e sonhado. Um dia ele vai se realizar. Por enquanto, criei este espaço para dar vazão ao meu sonho e contribuir com pesquisas e exploração de lugares encantados no Brasil e fora dele.

Volta ao Mundo: em busca dos custos

Hoje me deparei com uma matéria muito interessante da Exame, feita pela Priscila Yasbek, onde ela levantou quanto custaram alguns períodos sabáticos, para servir como referência. Nenhum deles se parece exatamente com o meu plano e dar a volta ao mundo, mas dá para ter uma ideia e usar alguns exemplos para me inspirar. 


A matéria traz casos de pessoas que tiraram um período para realizar viagens que duraram de 1 mês até 2 anos e custaram entre 3 e mais de 100 mil reais. 

A Volta ao mundo da Viagem e Turismo: NY

Para continuar semeando o sonho, aqui está o post de hoje do Viajeaqui, portal de viagem da Editora Abril, contando a primeira parada da volta ao mundo que irão publicar: a repórter começou por New York. 

viajeaqui.com.br (@viajeaqui)
19/06/12 22:00
Embarque nesta viagem ao redor do mundo com a repórter da @viagemeturismo. Primeira parada: Nova York abr.io/2HbS

Quem quiser ler a revista de graça em formato digital para computadores PCs, tablets Android ou iPad, pode baixar a Viagem e Turismo ed. 200 no iba:
http://www.iba.com.br/detalhes/revista/488289/viagem-e-turismo-edicao-200

A reportagem dá as dicas iniciais para programar a viagem. Muito boas! 

Eu acho que não começaria por NY, nem pelos EUA. Iria para a África ou Europa. Deixaria a América para o gran finale. Por outro lado, no começo da viagem a "verba" ainda está preservada, dá para gastar e se sentir menos culpada. No final deve ser bem mais difícil. 

As férias deste ano

Em meio ao sonho com a viagem de volta ao mundo, eis que finalmente chega o momento de providenciar os últimos detalhes das nossas férias que se aproximam. Desta vez buscamos um pouco de sol e praia, mas praias desertas e repletas de boas surpresas. (Já que a TAM não opera mais com milhas para Fernando de Noronha) Vamos para o Rio Grande do Norte, onde o sol brilha forte e quente o ano todo. Ficaremos parte do tempo em Pipa, parte em São Miguel do Gostoso. 

O que acho mais incrível é que quando resolvemos ir para algum destino de férias, sempre aparece alguma matéria bacana com boas dicas. Lendo a Gloss deste mês me deparei com algumas dicas de Gostoso (!!!). Já recortei a página e guardei para levar as dicas. Sei que é onde o vento faz a curva e portanto terra de windysurf - o marido vai ao delírio - e que em 1501 recebeu os portugueses que aportaram por aqui. Interessante... 

Mas o mais bacana é saber que está a pouco mais de 100 quilômetros de Natal, tem pouco mais de 9 mil habitantes e que as praias são lindas e desertas. Nas minhas férias, quero sossego. 

Bem pertinho dali tem maxaranguape, onde o mergulho é fantástico. Se der tempo, quero dar uma escapadinha e mergulhar de novo neste lindo paraíso. Enquanto a viagem não chega, vou sonhando com as próximas férias! 


Quanto à Pipa, a ideia é curtir um pouco a pousada Xamã, onde nos hospedamos há alguns anos, e levar as crianças para conhecer as praias de lá. Me lembro bem do aconchego da pousada, que recebia sempre a visita de pássaros e macaquinhos. Ai, saudades de deitar nas redes e ficar vendo o vai e vém dos bichinhos... as crianças vão adorar. 

Com uma boa dose de sorte e paciência, além de muitos mergulhos, vamos ver golfinhos novamente por lá. 

Volta ao mundo

Este é o meu grande sonho no momento: dar a volta ao mundo, com minha família, em busca das descobertas e dos prazeres que a viagem pode nos mostrar.



Quero ver, junto com meus filhos, em primeira e terceira pessoa, os lugares históricos, as paisagens, os cenários, as culturas, os povos e tudo mais que pudermos explorar.

Ler é uma coisa incrível, que te leva para lugares até onde a vida talvez não tenha como te levar. Mas viver cada um dos momentos, também não há livro escrito no mundo que possa superar.

Requentei o sonho ao fazer uma arrumação em casa e reencontrar uma revista, a Viagem e Turismo em que o Zeca Camargo contava suas peripécias dando a volta ao mundo.

Em outro momento, comecei a ler o antológico "On the road" do Jack Kerouac. Me deu uma vontade louca de cair na estrada!

E, por fim, novamente ela, a revista Viagem e Turismo começou a publicar uma série de matérias sobre dar a volta ao mundo.

Assim, vou começar a sonhar, pesquisar e explorar. Meus posts vão falar da preparação, das dicas e dos lugares que queremos conhecer. E - espero - em algum momento a viagem irá se concretizar. Com ela, mais posts virão.

Como a vida não é feita só dos nossos sonhos, mas também da capacidade de realizá-los, no lado racional, precisamos angariar fundos. Uma pesquisa importante a ser feita. Algumas respostas já tenho, outras vamos construir juntos conforme definirmos e estudarmos o roteiro saindo aqui do Brasil.

Seremos 4, eu, meu marido e nossos 2 filhos. Queremos viajar por um ano, 365 dias. Um desafio um tanto maior.

Num primeiro rascunho dos gastos, ficamos um pouco assustados:
Passagem: R$ 10.000,00 cada com taxas (cerca de 3,5 mil dólares + taxas por pessoa)
Estadia: hostel, casas alugadas ou B&B para 4 pessoas, mas também pretendemos ficar em casa de amigos e o que mais de interessante surgir
Alimentação: estimamos cerca de R$ 40,00 / dia / pessoa (teremos que ser econômicos)
E ainda temos uma grande lista de gastos a levantar:
- Transporte
- Passeios
- Seguros
- Vistos
- Extras
- Malas e bagagem

Certamente precisaremos de uma - bela - poupança. Não somente para ir, mas também para quando voltarmos. Estimamos quatro anos e meio de preparo para a viagem acontecer. Até lá, vamos sonhar juntos.

Boa viagem!

Check list de praia:

Ir com as crianças para a praia é um imenso prazer. Poder sentar na areia, voltar a fazer castelinho e vibrar com o sorveteiro, sem sentir-se envergonhado, é algo fantástico. Mas para que esta deliciosa experiência não vire um desprazer, preparei um check list para olhar antes de sair de casa ou do hotel. Costuma me poupar muita dor de cabeça.

CHECKLIST DE PRAIA:
- mala de alças para carregar (quase) tudo;
- kit troca de fraldas (se não tiver mais bebês, leve um pacote de lenços umedecidos, de preferência do tipo que serve pra limpar até a boca);
- fraldas de piscina;
- saquinhos plásticos para colocar as fraldas e jogar no lixo da praia, de casa ou do hotel);
- protetor solar que não saia n'água (de preferência um especial para crianças e com proteção bem alta);
- chapéu;
- toalha de praia;
- troca de roupa;
- brinquedos de praia (baldinho, pazinha, prancha, bola);
- piscina inflável (para não ter que passar o dia no mar);
- boias de braço (ou de qualquer outro tipo);
- papinha e lanchinhos (para não gastar os tubos comprando comida na praia e ainda correr o risco de uma infecção alimentar);
- colher;
- água mineral e sucos de caixinha;
- mamadeira com água mineral e doses de leite em pó;
- canga (sempre útil para improvisar uma barraquinha ou uma cama);
- máquina fotográfica ou celular (de preferência com capinha à prova d'água);
- chupeta, paninho ou qualquer objeto de rotina da hora do soninho;
- carrinho, cadeiras, guarda sol;
- dinheiro (estabeleça um valor máximo ou uma regra de quantos sorvetes a criança poderá tomar, antes, para não exagerar nos gastos);
- e sempre uma grande dose de simpatia, bom humor e disposição para sentar na areia, fazer castelos, entrar (mil vezes) no mar, explicar porque "só" pode tomar 3 sorvetes e fazer novos amigos.

(Esqueci alguma coisa?)

Boa diversão!

VEJA TAMBÉM: Check list de Viagem para você se preparar as malas (suas e das crianças) sem esquecer nada importante, nem se preocupar.