Crianças e Vôos - como passar por isso sem sofrer tanto

Uma amiga me perguntou como era encarar o vôo com bebês e, depois, com as crianças. Achei que era uma dúvida bastante comum de algumas mães, então decidi fazer um post.

Num post antigo já havia dado algumas dicas de hotéis, como lidar com o tempo no avião, como era o dia a dia na viagem, como fazíamos com as refeições e alguns passeios em Fernando de Noronha. Neste outro, fiz um checklist de viagem, com tudo o que acho importante carregar (ou pelo menos pensar se preciso ou não carregar) quando viajo sozinha, em casal ou com os pequenos.



O mais importante de tudo é se planejar bem para todo o processo: da saída de casa até a chegada (literalmente) no último destino. Se para nós é uma questão complicada, para os pequenos é ainda mais chato e cansativo. Portanto tudo o que você, como pai, mãe, tio, tia, avós e acompanhantes de crianças puder fazer para tornar a experiência a mais agradável possível, melhor para os dois. Veja o grande exemplo que Guido, o personagem judeu preso num campo de concentração, fez para tornar a  estada mais agradável para o filho Giosué, em "A Vida é Bela".

Antes da viagem, se puder, ligue na companhia aérea  (ou na agência de viagens) e peça para reservarem assentos especiais (com bercinho), mais próximos aos corredores (para idas ao banheiro), perto dos banheiros e até refeições especiais.

Se planejar levar um tablet ou smartphone para distrair as crianças, carregue a bateria e renove jogos e filmes já baixados para entreter a criançada (ou você mesmo) a bordo do avião.

ANTES
Eu sugiro programar a viagem noturna, preferencialmente num horário que a criança costume dormir. Assim, quando estiver no avião (e a parte legal do começo da viagem tiver passado), com sorte a criança irá dormir. No meu caso, sempre deu certo.

Na bagagem de mão leve papinhas, comidinhas para distração (ex.: bolachas e iogurtes), mamadeira, chupeta, água, leite em pó, livrinhos, livros de pintar, giz de cera, brinquedos, roupinha extra, fralda e um eletrônico (tablet, smartphone, games, computador, DVD player). E um cobertor pequeno. É importante que alguns remédios estejam à mão (Rinossoro, Dramin, analgésicos, antitérmicos, termômetro). Algumas crianças não suportam muito bem a pressão e o ar condicionado.

Ao achegar no aeroporto, tente chegar com bastante antecedência e pegar uma fila especial (ficar 4 horas em pé numa fila de checkin com crianças vai tornar tudo mais difícil dentro do avião). A maioria das companhias aéreas oferecem esta gentileza e em alguns lugares isso é lei (como no Brasil). Tenha todos os documentos juntos sempre à mão (RG, certidões e passaportes originais), junto com a passagem. Por causa das crianças, não é possível fazer check-in online.

Se tiver muita fila, peça para alguém ficar com as crianças que só precisam se apresentar na hora de fazer efetivamente o check-in.

Enquanto esperam o embarque, visitem restaurantes, caminhe pelo aeroporto (para gastar a energia dos pequenos), compre um novo livrinho ou brinquedo em alguma loja (prepare-se para pagar caro), mostre a pista de pouso e decolagem etc. Leve algumas moedas porque muitos aeroportos têm brinquedinhos de moedas que distraem as crianças. Importante: faça atividades de movimento (guarde a bateria do iPad para o vôo). Ficar explicando como as coisas funcionam também ajuda a distrair os pequenos.

O VÔO 
Como havia comentado, acho a parte do avião bem sossegada, mas precisa de alguns cuidados.

Começe mostrando o avião, os botões, fazendo amizade com as pessoas em volta, enfim, tire a curiosidade das crianças. Eles vão adorar aprender mais sobre o avião. Explique sobre o cinto de segurança e leve-os para trocar fraldas ou ir ao banheiro antes de levantar vôo (senão você corre o risco de "acidentes").

Na decolagem (e no pouso) ofereça balinhas para as crianças e mamadeiras (o peito) ou chupetas para os bebês. O ouvidinho deles é bem sensível e vai precisar de uma ajuda para destampar.

Se a criança ou o bebê não se sentir bem, converse antes da viagem com o pediatra se é possível oferecer algum floral, chá ou remedinho anti enjôo. Pode ajudar a melhorar o conforto na viagem e algumas crianças são mesmo mais sensíveis.

O vôo em si pode ser divertido: tem filme, tem comida, e tem a hora de dormir. Não esqueça de cumprir os horários das crianças. E ofereça líquidos, umedeça o nariz com o Rinossoro, e leve-os ao banheiro.

CHEGADA
Passar pela fila das alfândegas é sempre uma tortura. Para isso não tem solução. O difícil é que após o vôo (crianças paradas) eles terão energia de sobra e vão achar ainda mais irritante ficar parados na fila. Tenha paciência.

As malas também são demoradas, mas se pedir ajuda e transformar a espera em um jogo, as crianças poderão achar divertido procurar e adivinhar quando as malas delas chegam.

Após tudo isso, ainda terão um longo caminho até finalmente chegarem ao hotel. Então lembre-se que você pode fazer alguma parada no caminho ou gastar um pouco da energia delas para encarar a ida do aeroporto ao hotel sem problemas.

Boa viagem!

Em tempo: o post com o checklist de praia (sobre como preparar uma mala de praia) do MEMÓRIAS DE UMA VIAJANTE foi citado no Piccolo Universe by Rick Martin. 

Edimburgo, Escócia - apaixonante e assustadora!

Eu fui duas vezes para a Edimburgo. Só não fui pela terceira por uma looooooonga história. Mas se puder, eu volto. Apaixonei também.

A primeira vez foi em 1997, no século passado (!!!). Saí de avião, do Stansted Airport (Londres) para o aeroporto de Edinburgh. Lembro que na chegada o avião deu uma volta sobre uma baía que refletia os raios do sol e passou sobre um lindo castelo. Foi uma das visões mais lindas que já tive na vida. Infelizmente, naquele tempo, além de não haver câmeras digitais, não tirávamos foto de tudo. Somente observávamos. As fotos eram poucas, específicas. Mas a imagem ficou para sempre na minha memória.  Valeu a viagem.

Desta vez a hospedagem foi bem próxima ao centro da cidade, local de agito, em um charmoso Bed And Breakfast Elder York na 38 Elder Street. Aconchegante, silenciosa, familiar e com um café da manhã gostoso como tem que ser. Voltei lá em 2001, de trem, e me hospedei no The Terrace Hotel na 37 Royal Terrace.

Tudo acontece nesta região: Princess Street. Aliás, as livrarias que têm por lá (se ainda existem) são daquelas gigantes de cair o queixo. Vale a visita (e cuidado: eu comprei um monte de livros!!!).

Entre os passeios, destaco:
- Castelo de Edimburgo (além de ter aquela arquitetura de castelo de contos de fadas, ainda tem sala de joias e uma das vistas mais lindas da região, leva um período inteiro – manhã ou tarde)
- Scott Monument (na Princess Street)
- National memorial + Nelson Monument + Dugald Stewart Memorial (com uma vista linda da cidade)
- St. Giles Cathedral
- Scotch Wisky Heritage Centre (um passeio por uma destilaria cenográfica onde você aprende mais sobre o processo de produção do uísque escocês, experimenta e ainda pode comprar esta deliciosa bebida – lá eles tomam com água, a legítima água da Escócia) - link: http://www.scotchwhiskyexperience.co.uk/

Os escoceses são muito simpáticos, como os ingleses, mas têm a vantagem de parecer estar sempre de ótimo humor. Chamamos eles de “ingleses de bom humor”. Com sorte, você avista pelas ruas escoceses trajados em kilt e tocando a gaita de foles. Me arrependo de não ter comprado um CD com música escocesa.

A noite, além de existirem vários passeios por lugares horripilantes, com histórias de bruxas e fantasmas (tudo em inglês), recomendo ir beber no Jeckyll & Hyde Pub. Local com cenário de laboratório, inspirado na história do Médico e o Monstro, serve boas cervejas e misteriosas bebidas em tubos de ensaio para um shot animado. Imperdível!

Proximidades

Se tiver tempo, compre na estação de trem ou em algum escritório de turismo um ticket para ir visitar o Stirling Castle. Fica perto de Edimburgo (cerca de 1 hora de carro, mas fomos de ônibus intermunicipal, parando o caminho todo). Este foi o castelo de William Wallace, o herói do filme “Coração Valente” com o Mel Gibson. A viagem de ônibus, que fizemos, foi fantástica, passamos por vários vilarejos locais. O Castelo é maravilhoso e a vista dele... deslumbrante!

Dublin, na Irlanda

O ano da minha visita a Dublin foi 2001. Já faz tempo. Mas me lembro bem da viagem. Sonhava há tempos em conhecer a famosa capital tão aclamada por Bono Vox e como estava na Europa com uma amiga, em Londres, decidimos passar um final de semana por lá. 

Depois de sofrermos para encontrar um lugar para dormir (estava tendo a final do campeonato de Rugbi, Irlanda versus França, quase um feriado nacional!). Fomos de trem de Londres até uma cidade chamada “Holyhead” (a viagem foi bem cansativa, tivemos que fazer uma "baldeação" em Birmingham de madrugada - o que só não achamos pior, porque se tratava da cidade onde surgiu o Black Sabbath). Na estação final, pegamos a balsa (Ferryboat) para atravessar o mar para Dublin. Lá na estação final, pegamos um ônibus para o nosso Bed And Breakfast, na casa de uma senhorinha muito fofa, que preparava um delicioso café da manhã com geleia caseira.

Bed And Breakfast Mrs Anne D’Alton (no ponto do trem “Sandy Cove). Bem afastado do centro, mas perto do mar (diga-se extensa faixa de areia), num bairro arborizado e com lindos parques (People’s Park, Black Rock Park e Scotman’s Bay). Achei um ótimo preço, ótima cama, e um ótimo café da manhã. O bairro também era bem bacana.

Como ficamos somente 1 final de semana por lá, fiz um City Tour naqueles ônibus de 2 andares e abertos e paramos em alguns pontos legais para visitar a cidade:
- Dublin Castle (Castelo que achei meio sem graça, porque depois de ter visitado os de Londres e Escócia, este aqui pareceu bem simples);
- Cervejaria Guiness(que não tinha visita neste dia, mas vale a pena conhecer);
- O’Connel’s Bridge.

Caminhamos pela O’Conner’s Street cheia de monumentos e belíssima arquitetura, e também visitamos o Trinity College, National Museum e National Gallery. Não guardei nada de muito especial destes lugares, mas foram passeios legais, pelo menos nós gostamos na época.

Além de irmos até um pub tomar uma Guiness como um verdadeiro irlandês, fomos passear na Temple Bar (uma rua cheia de lojinhas descoladas). A loja mais legal que achamos por lá era a The Source. Não sei se a loja ainda existe, mas a rua certamente é muito bacana, vale a visita. 

Como recordação, sugiro comprar CDs de música Celta. Me arrependi de não ter trazido alguns, pois por mais que se procure, por aqui não há tanta opção bacana e animada para me lembrar esta deliciosa viagem.